O que são as novas constelações sistêmicas?

Um conhecimento que tem encontrado um grande resultado nos campos em que tem sido aplicado. Essa é uma forma simples de descrever o movimento que está acontecendo com a Constelação Sistêmica no Brasil e no mundo.

A Constelação Sistêmica é um conhecimento filosófico que encontrou primeiramente uma aplicação na terapia familiar. Graças a estudiosos e principalmente ao psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, essa metodologia se tornou uma base no trabalho das relações familiares e a influência existente nesses sistemas. E trouxe clareza do quanto somos influenciados pelo nosso histórico familiar, inclusive no âmbito transgeracional.

Mais tarde, esse conhecimento foi encontrando validade para além da terapia familiar, muitas vezes desvendando as relações dentro de variados tipos de sistemas, como nas organizações empresariais.

O que é a Constelação Sistêmica?

A Constelação Sistêmica é o estudo das influências entre indivíduos de um mesmo sistema. Num primeiro momento, essa constatação parece óbvia. Porém, esse campo de estudo é capaz de surpreender quando afirma e comprova, por exemplo, que pessoas, dentro de um mesmo sistema, podem se influenciar reciprocamente mesmo sem uma ter conhecimento da outra, ou mesmo que não convivam. Elas se influenciam por pertencer a um mesmo sistema.

Bert Hellinger, o grande pai das constelações sistêmicas, trouxe de seus estudos a visão das 3 leis que regem os relacionamentos humanos: a ordem, o equilíbrio e o pertencimento. Essas leis – ou parâmetros – atuam sobre todos os relacionamentos, quer nós tenhamos consciência disso ou não. Assim como ocorre na lei da gravidade, as leis atuam quer nós concordamos ou não.

As 3 leis

Ordem

A ordem fala do lugar de cada um dentro do sistema e como este lugar deve ser sempre considerado. É a ordem que deixa claro quem vem antes e quem vem depois. Pelos seus estudos, Hellinger percebeu que existe uma precedência, e que esta é importante para o bom funcionamento do sistema. Quando a ordem é quebrada ou desrespeitada, o sistema como um todo se tensiona.

Este tensionamento é uma ferramenta do próprio sistema para restabelecer a ordem correta, garantido a todos pela sua data de entrada no sistema. Os integrantes do sistema percebem este tensionamento através de dificuldades que surgem na sua vida, no emocional, nos relacionamentos, na saúde, nos resultados etc.

Equilíbrio

O equilíbrio é a força que resulta dos movimentos de troca entre integrantes de um sistema. É importante para a sobrevivência de um sistema que as trocas sejam feita na busca de uma equidade no dar e no tomar. Sempre quando ocorre uma disfunção nesta dinâmica, como por exemplo, quando um é muito “generoso” e não permite que o outro equilibre o que recebe, é comum ver que a relação se desfaz ou entra em choque.

Muitas vezes, é o desequilíbrio nas trocas que caminha uma relação para o fim, seja ela afetiva ou comercial. Novamente, quando o desequilíbrio acontece, o sistema tensiona para buscar novamente o ponto ótimo da relação, ou compensar o desnível. Dessa forma, através do tensionamento, o sistema avisa que algo precisa encontrar um ajuste para retornar para um bom parâmetro.

Pertencimento

O pertencimento a um sistema é garantido a todos que tiveram uma entrada legítima nele. Nos grupos familiares, essa entrada é por meio do nascimento. Em grupos empresariais, através da contratação. Hellinger ainda traz alguns casos especiais de pertencimento. Em todos eles, a dinâmica é uma só: o pertencimento, uma vez existente, não pode ser retirado.

Ainda assim, é comum observar em grande partes dos sistemas um forte movimento de exclusão direcionado a alguém que por algum motivo não está dentro do que é esperado dele. Pode ser algo que vá contra a cultura do grupo, uma característica não aceita, um comportamento contraditório, entre muitos motivos.

Quando essa exclusão ocorre, o sistema identifica isso como uma tentativa de retirar o pertencimento deste indivíduo e novamente se tensiona – e que os integrantes sentem como dificuldades – para forçar que o pertencimento de todos seja restaurado.

Olhar para essas dinâmicas

Hellinger aprendeu e aprimorou uma forma de aplicar este conhecimento e observar empiricamente as influências e a atuação das leis nos sistemas familiares. E esta dinâmica, montada com o facilitador, os clientes e os representantes, é o que ficou conhecida até hoje como Constelação Sistêmica.

Essa metodologia, utilizada no atendimento terapêutico, funciona da seguinte forma: o facilitador pergunta ao cliente qual é o tema que ele traz para o trabalho. Com a definição do tema, o cliente escolhe então algumas pessoas dentre os presentes para determinados papéis que fazem parte do tema trazido por ele.

Uma vez colocados no espaço, os representantes são capazes de sentir e projetar características e movimentos que pertencem aos papéis representados. Dos movimentos que surgem então, entre eles, é possível verificar e investigar qual a dinâmica que atua no fundo da questão que o cliente deseja olhar.

No início da sua caminhada com as constelações, Hellinger então sugeria movimentos e frases para os representantes, até que o sistema chegasse a um equilíbrio ou que a informação necessária para o cliente surgisse. Sempre através da percepção e da informação que vem do campo.

Novas Constelações Sistêmicas

A evolução desse método, as Novas Constelações Sistêmicas, é um aprofundamento dessa dinâmica, com a mínima interferência do facilitador.

Essa é a forma com que Hellinger trabalhava. É o movimento mais atualizado no campo das Constelações Sistêmicas e também o foco do curso de um curso de formação oferecido pela Vera Boeing Desenvolvimento de Pessoas, em Curitiba.

É uma aplicação de resultados profundos, reveladores e práticos, e que exige do facilitador um refinamento na percepção e na postura de trabalho.


Constelações organizacionais auxiliam na tomada de decisões

O trabalho sistêmico baseado nas constelações familiares de Bert Hellinger tem se ampliado para muitas áreas. Isso porque essa metodologia contribui para que se entre em contato com a questão essencial escondida em cada dificuldade, seja de ordem pessoal, familiar, de saúde, de justiça, educacional ou empresarial.

No âmbito empresarial, a consultoria sistêmica tem auxiliado organizações em todo o mundo ao levar informações e insights que contribuem para a tomada de decisões e permitem que o sistema empresarial possa fluir melhor e obter resultados.

Engana-se quem pensa que essa ferramenta é válida somente para multinacionais. Na verdade, a consultoria sistêmica, ou a constelação organizacional, é válida para todos os tamanhos de empresas, pois leva em consideração o sistema em que ela está inserida, independentemente do tamanho.

Ao olhar para a solução, vemos que as organizações de pequeno porte têm uma vantagem: seu tamanho menor permite que as soluções encontradas possam ser aplicadas de forma mais rápida, devido ao seu sistema reduzido. Além disso, as constelações também são de grande utilidade para análise de estratégias e tomada de decisões para momentos importantes em direção ao crescimento.

Formas de ter o auxílio das constelações em sua empresa

O trabalho das constelações organizacionais – que pode ser realizado por meio de workshop ou consultoria individual – é surpreendente na capacidade de gerar informações que auxiliam no movimento de correção do que é necessário dentro da gestão e da estratégia da empresa.

Em um workshop, é possível levar uma questão da sua empresa ou de sua carreira para ser trabalhada e olhada por meio das constelações organizacionais. Por exemplo, um assunto sobre uma dificuldade específica de relacionamento na equipe ou um problema financeiro. Embora muitas dessas dinâmicas sejam comuns em grande parte dos negócios, o que origina cada uma delas pode estar ligado ao campo sistêmico do proprietário, dos colaboradores e da própria empresa em si.

Quando esse tema é trabalhado pela ótica das constelações, é possível olhar para o que atua e o que gera a dinâmica que necessita de atenção. Dessa forma, pode se tomar uma atitude em relação ao problema, de forma mais conectada com a real razão.

Esse é um dos aspectos mais surpreendentes da metodologia: hegar realmente ao núcleo daquilo que atua em questões sistêmicas, com grande efetividade e resultado.

Curso de Formação em Constelações Organizacionais

Se você tem interesse em saber mais sobre esse tema, participe da formação em constelações organizacionais com Cecilio Regojo. Além da oportunidade de poder trabalhar temas da sua organização ou do seu trabalho durante o curso, você aprenderá de forma ampla como levar esse conhecimento para o dia a dia profissional.

Um gestor com a formação na visão sistêmica acrescenta muito para o campo de sucesso de uma companhia. Isso porque essa é uma ferramenta tão útil que, ao obter este conhecimento, você passa a aplicá-lo de forma contínua.

A formação garante ao participante, além do conhecimento teórico, ferramentas e exercícios práticos para auxiliar a identificar pontos de melhorias de práticas organizacionais que permitem que o sistema ande em direção ao sucesso, com ordem, equilíbrio e participação de todos que fazem parte.

Faça parte

Formação Internacional em Systemic Management e Constelações Organizacionais, com Cecilio Regojo

De 14 a 24 de novembro de 2020, em Curitiba

Mais informações em http://bit.ly/constelacoesorganizacionais

 


Lidando com as emoções

Vivemos em um período de muita instabilidade e incerteza, o que gera ansiedade. E tudo bem ficar ansioso. Recebemos, constantemente, um grande volume de notícias – seja assistindo a um jornal ou acessando alguma rede social, é inevitável não ficarmos por dentro dos acontecimentos -, e o isolamento e a distância de quem amamos também tendem a aumentar alguns sentimentos negativos.

Lidar com as emoções muitas vezes é um desafio, que trazemos da nossa infância, quando nos faltavam vocabulário e maturidade para entendê-las. E quais são as marcas do período em que vivemos ou do nosso pouco incentivo, no passado, para trabalhar as emoções que influenciam na nossa vida atual?

Para ter uma ideia da importância da capacidade de lidar com as próprias emoções, trazemos um dado da Organização Mundial de saúde: a OMS (Organização Mundial da Saúde) propõe dez competências para que possamos ter qualidade de vida. Dessas, seis são habilidades emocionais.

Emoções são a linguagem do nosso corpo

Temos vários centros de processamento no corpo. Estamos em um tempo no qual o lado racional é extremamente valorizado, e o cérebro neste cenário é o rei. Ele, claro, é extremamente valioso. Mas nesse caminho, estamos esquecendo de ouvir uma voz que fala tão alto quanto, ainda que não seja de uma forma tão linear quanto a racional.

Nosso corpo fala a linguagem das sensações, que são as emoções que se manifestam e que sinalizam algo para nós. Mas a somatização é um processamento importante e que, com frequência, somos estimulados a ignorar.

Ignoramos, pois o corpo pede um pouco mais de atenção e tempo para ouvirmos a mensagem que ele deseja passar. E esses dois elementos são escassos hoje. Estamos desatentos, pois nunca tivemos que lidar com tanta informação vinda do mundo externo quanto atualmente. E além disso, nossa cultura valoriza a falta de tempo como um sinal de sucesso no campo profissional.

E quando deixamos de dar atenção ao corpo e às emoções que se expressam nele, perdemos. O resultado são as doenças modernas, como depressão e outros desequilíbrios.

Abrir espaço

Estudos recentes dizem que, aumentando os nossos níveis de inteligência emocional, aumentam os nossos níveis de satisfação com a própria vida e, por consequência, a nossa autovalorização.

Na nossa infância e juventude, não conseguimos desenvolver na totalidade as nossas capacidades emocionais; a boa notícia é que a inteligência emocional desenvolve-se durante toda a vida, já que o cérebro é plástico e possui uma imensa capacidade evolutiva.

Ter o sistema emocional reconhecido e bem desenvolvido é uma grande ferramenta para nos tornarmos melhores em nossos relacionamentos, no trabalho e na vida. A razão ganha um grande aliado nas mãos de um corpo educado e em controle de suas emoções.

E as competências emocionais permitem organizar a nossa vida de uma forma sã e equilibrada, facilitando-nos experiências de satisfação ou bem-estar.

Quem conhece e sabe gerenciar as suas emoções, está mais preparado para ter melhores resultados no mundo profissional e pessoal.

Quem entende como gerir e focalizar a sua energia, tem maiores garantias de ter êxito na vida. As emoções são a essência e o núcleo sobre os quais se constroem as relações e se tomam as decisões. Focalizando nossa energia, sabemos onde estamos e para onde caminhamos.