Olhando para as doenças: casos concretos

As doenças sob a ótica das constelaçõesNo texto anterior, você compreendeu melhor as dinâmicas das doenças e, agora, podemos olhar para casos concretos e, quem sabe, também curar a alma e tomar a vida com mais força. Portanto, aqui, apresento conteúdos biológicos segundo Dr. Hamer, e sistêmicos, no olhar de Hellinger.

Olhamos, então, para uma decodificação baseada na biologia, acima de tudo, na função dos órgãos dentro da organização do ser vivo e suas necessidades de adaptação.

Assim, frente a um órgão doente, a primeira pergunta que devemos fazer é sobre a sua função biológica. Se desejamos entender o significado de uma doença da pele, devemos entender que a função da derme é proteger-nos do mundo exterior; o fígado, entre outras, tem a função de armazenar o glicogênio necessário ao organismo. Assim, se eu for agredido, a minha pele fica mais espessa; se eu for privado de alimento, meu fígado aumenta para armazenar reservas. Tudo é reação de adaptação vital.

Dessa forma, entender o que chamamos de doença é compreender a vida e, a constelação familiar revela a complexidade de uma doença que sobrecarrega a família há gerações. Ela nos mostra os passos necessários para que a recuperação da saúde seja sustentável.

Vejamos dois exemplos e suas considerações, integrando Hamer e Hellinger:

ORGÃOLEIS BIOLÓGICASCONSTELAÇÃO SISTÊMICA
Útero - endometriose1ª capa embrionária. Conflito de sobrevivência, reprodução.
Sentido biológico: tem que conceber a todo custo. Não há conceito de primeira casa e não se pode conceber nela (por memórias de aborto, por exemplo), então a mucosa do útero migra. Está relacionado com a marcação de território de um lugar para “construir a primeira casa”, com a intenção de conceber rapidamente.
Conflito: relacionado com a mãe. Medo de não ser uma boa mãe. Medo das consequências de um parto. Desejo de estar grávida, mas não tem capacidade para receber o bebê em um bom lugar, para tanto, o recebo em outro. Sensação de que a casa não é nossa. Medo de ter um bebê no útero, provavelmente por memórias de aborto.
Interior: foi um problema com crianças que morreram por não terem uma casa.
Exterior: conflito de localização, devo buscar outro lugar.
No ovário: nidação rápida.
Na bexiga: necessidade de marcar território, e morar onde nascerá o bebê.
Adenomiose uterina: incapacidade para levar a um bom fim a gestação.
Este tipo de sintoma ou doença não se relaciona somente com transtorno da própria sexualidade, se não, que no âmago pode haver implicações transgeracionais e outras desordens dentro do sistema que podem gerá-las: bebês que foram excluídos, por exemplo, por mortes prematuras, bebês não nascidos, filhos ou irmãos que não chegaram a tomar a vida e que desta forma pedem a sua reinserção no sistema familiar.
Pulmões1ª e 4ª camada embrionária
Conflito de um bocado de ar, medo de morrer – a morte em mim ou próxima de mim.Conflito de ameaça no território (brônquios). Simpaticotonia: em fase de conflito ativo de 1ª capa produz tumor (adenocarcinoma). Em fase de conflito ativo de 4ª capa embrionária produz ulceração de epitélio escamoso.
Vagotonia: em fase de reparação de conflito de 1ª capa aparece a tuberculoso pulmonar e o tumor em degradação pelas bactérias. No lugar do adenocarcinoma aparecem crateras (enfisema pulmonar). Na 4ª capa regenera a área ulcerada e aparecem edemas que podem provocar tosse. Pode aparecer bronquite ou pneumonia e, nesses casos, pode ser fatal e dar lugar a um carcinoma bronquial. Na crise epileptoide da 4ª capa pode ocasionar perda de memória.
Sentido biológico: a principal função dos pulmões é a respiração. Absorver vida (ar, oxigênio). A respiração nos põe em contato com o mesmo elemento. Todos respiramos o mesmo ar, coisa que nos mantém conectados. Por isso, os pulmões representam a capacidade de compreender e inspirar a vida e, às vezes, simbolizam o contato, a comunicação com o entorno. Na medicina chinesa, corresponde à tristeza.
Conflito: em geral de medo da morte. Conflito de medo arcaico de afogar-se (simbólico quando desaparecem minhas razões de viver). Também conflito de território pessoal (medo de perder-se no próprio território).
Embolia pulmonar: crise epileptoide de um conflito de veias coronárias e de colo uterino.
Uma mancha: medo que o outro morra.
Várias manchas soltas: medo por si mesmo.
Várias manchas no alto e menores na parte baixa: medo de sofrer ou morrer.
Micro nódulos em pulmão esquerdo: necessito de território para meus filhos. Exemplo: uma mulher casada três vezes, cujo terceiro marido não aceita seus filhos do casamento anterior.
Brônquios: briga no território, invasão de território.
Alvéolos: lugar onde há troca gasosa entre ar e sangue.
1ª capa embrionária, conflito de pedaço, medo de morrer.
Simpaticotonia: em fase de conflito ativo produz tumor – adenocarcinoma.
Vagotonia: fase de reparação do conflito, na qual aparece tuberculose pulmonar e o tumor é degradado por bactérias; no lugar do adenocarcinoma aparecem crateras, o enfisema pulmonar.
Sentido biológico: os alvéolos têm a função de absorver o oxigênio e o sentido biológico de aumentar/fabricar mais alvéolos é garantir maior capacidade de retenção do oxigênio. O sentido geral sempre é de maior opção de busca para sobreviver a uma ameaça de morte por asfixia – medo de morrer asfixiado.
Conflito: ligado ao alvéolo, o maior conflito é o medo de morrer, o medo da morte. Frequentemente por um impacto de um diagnóstico, por exemplo, de um câncer terminal. O medo mais arcaico dos medos está ligado à sensação de desaparecer, de perder o todo. Para a biologia, a morte é só uma mudança; para o ego, é um conflito de desaparecer
A respiração é o ato de trocar gases entre o interior e o exterior.
Na Índia chamam de prana, que é a energia vital, por isso, diziam que os tuberculosos eram os melancólicos.
Sintomas ou doenças ligadas ao aparato respiratório levam-nos a questionar sobre o quanto se assimilou da vida ou o quanto tomou a vida. Pois o fato de receber a vida não implica em tê-la tomado.
Nas constelações, uma das razões pela qual não se toma a vida – além das implicações por lealdades invisíveis – tem a ver com histórias de movimentos de amor interrompido. Isso acontece quando, por alguma razão, o amor com os pais se interrompeu em uma idade muito jovem – criança – ou por um tempo, como numa internação, separação, doença ou ausências por qualquer motivo. Também pode ser por sentimento de exclusão, de rechaço que sem ser uma separação física deixa marcas no plano da alma.
As enfermidades respiratórias estão entre as mais comuns e rotineiras com as quais a gente convive e que, e podem levar à morte.

No próximo texto, vamos compreender as situações que podem desencadear doenças. Aguarde!


Workshop de constelações sistêmicas foca no nascimento

A Vera Boeing Desenvolvimento de Pessoas organiza, em 21 de abril (quarta-feira), mais um workshop de constelações sistêmicas, desta vez voltado ao nascimento. Constelando esse momento, abre-se a possibilidade de solucionar traumas que impactam em situações cotidianas e nos nossos relacionamentos.

Para constelar, é necessário efetuar o pagamento de R$ 230,00 para o PIX 41999682687. Pedimos que, por gentileza, envie o comprovante por WhatsApp para 41-99968-2687.

A quem puder, também pedimos a doação de leite em caixa, materiais de higiene pessoal e de limpeza, itens que farão a diferença para quem mais precisa.

Atendendo aos protocolos de segurança, teremos limite de 20 inscritos.

Serviço

Data: 21/04/2021 (quarta-feira)
Horário: Das 15h às 20h
Endereço: Hotel Flat Petras – Alameda Júlia da Costa, 340 – São Francisco, Curitiba

Garanta sua inscrição por meio deste link.


Advocacia Sistêmica: um olhar amplo para a verdadeira solução

O sistema judicial foi criado com o intuito de resolver conflitos entre indivíduos e entidades. As regras deste sistema são desenvolvidas para criar isonomia na tratativa de conflitos entre pessoas e também entre órgãos da sociedade.

Os operadores do direito são os profissionais que, dentro deste sistema e respondendo aos processos e regras criados por ele, auxiliam as pessoas em suas demanda litigiosas. E assim se chega a uma solução, dentro do que prevê a lei em cada caso. Este é o caminho habitual do direito, que tem prestado seu serviço à sociedade há muito tempo.

Porém, observando e conversando com os profissionais do direito (juízes, advogados, promotores, assistentes sociais, etc), o que tem se percebido são dois pontos:

1) Que esses profissionais estão sobrecarregados, desmotivados e sem energia para com as demandas cada vez maiores dos clientes em seus conflitos;

2) Que, embora muitas vezes o processo chegue a uma solução em face das leis, nem sempre o conflito que o originou se encerra na sentença, retornando de uma nova forma para o sistema judicial.

Ampliando o olhar
Dessas percepções, o juiz brasileiro Sami Storch começou a trazer o olhar das constelações familiares para dentro do seu trabalho na justiça. Storch é considerando o precursor mundial dessa aplicação, que hoje é utilizada em outros países e com força crescente no Brasil.

O que é a constelação sistêmica
A constelação sistêmica é um conhecimento observado pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, há mais de 30 anos. Em seus estudos e trabalhos, ele observou que há certas dinâmicas nos sistemas familiares que agem de forma oculta, a partir do inconsciente pessoal e familiar.

A partir daí, ele trouxe o conhecimento de que muitas vezes nos colocamos a repetir certos acontecimento por uma “lealdade” ao nosso sistema. Repetimos sem nos dar conta disso.

Hellinger também percebeu que existem três parâmetros que incidem em todos os relacionamentos, e de forma especial, nos relacionamentos familiares. São eles a ordem, o pertencimento e o equilíbrio, que o psicoterapeuta chamou de “as leis da vida”.

Uma breve explicação da leis
A ordem é o lugar que cada um pertence no sistema familiar. Por exemplo, para o inconsciente familiar, um pai sempre terá precedência diante de um filho, pois ele veio antes.

O equilíbrio fala de como as trocas dentro de relacionamentos devem tender a uma igualdade entre as partes. Quando há um desequilíbrio, o sistema tensiona e os indivíduos sentem isso através de uma dificuldade.

O pertencimento fala de como todos aqueles dentro de um sistema têm direito a ser parte e se sentir parte dele. É também este mesmo sentimento, de pertencimento, que muitas vezes nos coloca no rumo da repetição do que está contido no inconsciente familiar.

E o que isto tem a ver com o Direito?
No seu trabalho como juiz e por meio de algumas iniciativas como as oficinas sistêmicas, Storch pôde começar a observar como muitas pessoas vinham para o processo jurídico carregando uma exigência que não era verbalizada, mas que se concretizava no processo judicial.

Por meio dessas oficinas, em que as partes dos processos nos quais ele atuava eram chamadas para participar, Sami explicava um pouco das 3 leis e abria espaço para que fossem feitas algumas constelações de temas referentes aos processos, trazidos pelos clientes que se sentiam disponíveis para olhar para isso.

Os resultados que se seguiram após a instauração da prática dessas ferramentas sistêmicas foram excepcionais, conforme números trazidos pelo próprio juiz:

– Nas audiências efetivamente realizadas com a presença de ambas as partes, o índice de acordos foi de 100% nos processos em que ambas participaram da vivência de constelações; 93% nos processos em que uma delas participou; e 80% nos demais.

– Nos casos em que ambas as partes participaram da vivência, 100% das audiências se efetivaram, todas com acordo.

Os participantes também responderam a questionários após as sessões de conciliação dos seus casos. Os resultados observados foram os seguintes:

– 59% das pessoas disseram ter percebido, desde a vivência, mudança de comportamento do pai/mãe de seu filho que melhorou o relacionamento entre as partes. Para 28,9%, a mudança foi considerável ou muita.

– 59% afirmaram que a vivência ajudou ou facilitou na obtenção do acordo para conciliação durante a audiência. Para 27%, ajudou consideravelmente. Para 20,9%, ajudou muito.

– 77% disseram que a vivência ajudou a melhorar as conversas entre os pais quanto à guarda, visitas, dinheiro e outras decisões em relação ao filho das partes. Para 41%, a ajuda foi considerável; para outros 15,5%, ajudou muito.

– 71% disseram ter havido melhora no relacionamento com o pai/mãe de seu(s) filho(s), após a vivência. Melhorou consideravelmente para 26,8% e muito para 12,2%.

– 94,5% relataram melhora no seu relacionamento com o filho. Melhorou muito para 48,8%, e consideravelmente para outras 30,4%. Somente 4 pessoas (4,8%) não notaram tal melhora.

– 76,8% notaram melhora no relacionamento do pai/mãe de seu(ua) filho(a) com ele(a). Essa melhora foi considerável em 41,5% dos casos e muita para 9,8% dos casos.

– Além disso, 55% das pessoas afirmaram que desde a vivência de constelações familiares se sentiram mais calmas para tratar do assunto.

Confira aqui a fonte do estudo.

Uma nova possibilidade
Para os profissionais do Direito, conhecer e utilizar este conhecimento é uma grande ferramenta de trabalho. O primeiro efeito observado é que esses profissionais passam a atender seus clientes de um novo lugar, mais saudável, sem o impulso de tomar para si a dificuldade que o cliente lhe traz. A percepção é que o trabalho se torna mais leve e satisfatório.

O segundo é que o profissional com treinamento sistêmico passa a ser capaz de ampliar seu olhar e abarcar uma verdadeira solução para os conflitos judiciais que chegam até ele. É uma possibilidade de olhar para o que verdadeiramente conduz o cliente ao conflito e auxiliá-lo na direção da solução que irá atender aos anseios que o conduziram primeiramente para o litígio.

Assim, todos ganham: o cliente, o profissional e o sistema judicial, todos cada vez mais conectados com seus verdadeiros propósitos. E principalmente, com um caminhar mais leve na vida.


Confira a programação dos grupos de constelações

A Vera Boeing promove em Curitiba grupos terapêuticos de constelações sistêmicas. Os encontros são sempre às quartas-feiras, e para participar solicita-se a doação de leite em pó e materiais de higiene infantis, que serão doados a instituições. Para constelar um tema de forma individual, é preciso agendar previamente.

A iniciativa já existe há alguns anos. “As constelações são uma excelente metodologia para trabalharmos sistemicamente questões familiares, de saúde, profissionais, de relacionamento, organizacional, entre muitas outras. E ter este grupo às quartas-feiras nada mais é do que uma forma de tornar as constelações acessíveis para quem deseja conhecer e usufruir dos benefícios dela”, explica Vera.

Confira as próximas datas:

 

Outubro:

Dia 4 – Hotel Flat Petras

Dia 11 – Biocentro

Dia 18 – Biocentro

Dia 25 – Hotel Flat Petras

Novembro:

Dia 1º – Biocentro

Dia 8 – Hotel Flat Petras

Dia 22 – Hotel Flat Petras

Dia 29 – Biocentro

Dezembro:

Dia 6 – Hotel Flat Petras

Dia 13 – Hotel Flat Petras

Dia 20 – Hotel Flat Petras


Horário:
 das 19h30 às 22h30

Local: Edifício Biocentro – Rua Padre Anchieta, 1846, andar CS, Bigorrilho, Curitiba

Hotel Flat Petras – Alameda Júlia da Costa, 340, São Francisco, Curitiba.

Para mais informações e inscrições, envie um e-mail para [email protected], ou ligue para 41.99968.2687.