A doença é um grito da alma que nos chama para a vida

 

A doença é como um grito da alma.

Inicio parafraseando Dalai Lama, quando diz que “Não existe nada absoluto, tudo é relativo. Por isso devemos julgar de acordo com as circunstâncias”.

Portanto, não aceite nada que não tenha experimentado. Duvide de tudo antes de experimentar, porque cada um tem uma compreensão diferente e isso é o que nos diferencia na vida, e tudo o que é verdadeiro hoje, amanhã pode não ser.

Essa escrita apenas difunde informações, baseadas em estudos e trabalhos científicos, deixando livre, para cada um, instruir sua consciência da forma que lhe aprouver. Também não exclui. Soma e amplia o olhar para a vida.

Como já dizia Hipócrates, pai da medicina ocidental, ”mente sã, corpo são” e, quando defino que “a doença é um grito da alma que nos chama para a vida”, considero ainda que, se curamos a alma, curamos o corpo.

Esse é o meu entender e te convido a passear por essas linhas, experimentando e desfrutando de tudo.

Antes, quero registrar que, aqui, a “alma” não tem cunho religioso. Neste contexto, à luz das constelações familiares, chamamos de “alma” a consciência inconsciente familiar, a alma familiar.  Só pelo fato de nascermos em determinada família, já recebemos uma herança verbal e não verbal de toda a sua história.  E justamente é essa não verbal que é estudo das constelações familiares. Então, vamos seguir olhando por este prisma.

Rupert Sheldrake, biólogo e investigador de temas relacionados com a existência, a filosofia, a psicologia, a percepção e até telepatia com métodos das ciências exatas, diz que o mundo funciona por campos mórficos: padrões e estruturas que organizam a natureza e onde vive uma memória coletiva; isto é, uma informação da espécie, mas também do indivíduo. A partir disso, desenvolveu a teoria da Ressonância Mórfica, que permite explicar de maneira científica a interconexão que muitas pessoas percebem entre si e que não se esgota nos sentidos, porque também funciona a distância. Os campos mórficos transcendem ao cérebro e unem os indivíduos, entre si e com os objetos que percebem, de maneira tal que lhes dão a capacidade de afetar a outros com sua intenção e atenção. Assim, o que alguém faz, diz ou pensa, pode influir a outra pessoa por ressonância mórfica.

Considerando o que Sheldrake revela e para fundamentar este caminhar, trago, principalmente, os conhecimentos do Dr. Med. Ryke Geerd Hamer, da Nova Medicina Germânica, e Bert Hellinger, o pai das constelações familiares, integrados, nos seus contributos, por Brigitte Champetier de Ribes.

Hamer e Hellinger pensaram sobre saúde e doença de uma forma que podemos considerar não inovadora, mas evoluída, pois olharam para o passado e resgataram aquilo que já era, de certa forma, praticado de maneira natural, por nossos ancestrais e que a própria biologia o faz. E se para haver evolução tem que haver preservação da informação, olharam para memórias, para o que foi preservado, e nos deixaram um legado.

Dr. Hamer decodificou aquilo que chama de Cinco Leis Biológicas, que explicam as causas, o desenvolvimento, e a cura natural das enfermidades com base nos princípios biológicos naturais.

De acordo com essas Leis Biológicas, as chamadas enfermidades não são, como se assume geralmente, um resultado de um mau funcionamento ou malignidade do organismo; elas são consideradas como Programas Especiais com Sentido Biológico. Um programa biológico de sobrevivência da espécie e do indivíduo, carregado de sentido para suprir o estresse, fruto de conflitos que afetam a todos os seres vivos.

As Leis Biológicas, que constituem essa verdadeira Nova Medicina, estão firmemente embasadas nas ciências naturais, e estão ao mesmo tempo em perfeita harmonia com outras leis naturais, incluindo as espirituais. E é interessante que os espanhóis chamam a Nova Medicina Germânica (GNM) como A Medicina Sagrada, por essa verdade.

Para chegar a essas leis, Dr. Hamer revisou a biologia, a ontogenia, a filogenia e a embriologia, integrando as informações e as evidências científicas, utilizando-se de recursos tecnológicos para nos oferecer este sagrado.

Bert Hellinger, com o conhecimento filosófico, depois psicológico e fenomenológico, nos traz a compreensão sobre princípios da vida que chama de Leis do Amor, traduzindo aquilo que se mostra, vive-se e vê-se muito facilmente quando nos permitimos olhar aquilo que se mostra, ampliadamente.

Quando Hamer diz que “a doença é um programa biológico de sobrevivência da espécie e do indivíduo”, Hellinger diz que “a doença é um movimento do espírito para curar a consciência familiar, levando o indivíduo à reconciliação com excluídos do seu clã”.

Assim, temos as Leis de Hamer e as Leis de Hellinger, que registro para melhor embasar nosso trilhar.

  • As Cinco Leis Biológicas de Hamer
  1. A Lei Férrea do Câncer
  2. A Lei de Caráter Bifásico das Doenças que apresentam solução de conflito: simpaticotonia e vagotonia
  3. A Lei do Sistema Ontogenético de Tumores e Doenças Análogas
  4. A Lei do Sistema Ontogenético dos Micróbios e Bactérias nas Doenças
  5. A Lei da Quintessência e compreensão de que o que se chama de doença corresponde a um sentido biológico especialmente programado pela natureza

Aqui é importante conceber a trilogia que Hamer estabelece, dizendo que toda doença ocorre ao mesmo tempo em três níveis, no psíquico, no cérebro e no órgão, que evoluem simultaneamente. Assim, o que é vivido no nível emocional, exerce um impacto imediato em uma determinada e específica área do cérebro, que por sua vez, norteia um grupo de células, igualmente bem específicas. Por exemplo, se o choque (biochoque) é experimentado em termos de desvalorização no esporte, pode-se constatar imediatamente uma descalcificação nos joelhos e é possível capturar uma imagem específica na medula cerebral.

Da mesma forma, quando uma pessoa resolve seu sentimento, a área do cérebro afetada se curará, produzindo um pequeno edema cerebral durante a fase de reparação, e sinais de inflamação aparecerão no corpo. Assim, temos a tradução do caráter bifásico da doença. A fase de conflito ativo e de resolução do conflito.

  • As Ordens do Amor ou Leis do Amor de Hellinger
  1. A 1ª ordem é a da pertinência
  2. A 2ª ordem é a da inocência e culpa
  3. A 3ª ordem fala sobre dar e receber
  4. A 4ª ordem é a do tempo

Antes dessas está a sintonia com a vida – sim ao que é e como é.

Vamos entender um pouquinho sobre este assunto sob a ótica das constelações? Te convido a ler o próximo texto.